Tendências de mercado para seu negócio inovar e crescer no novo normal
8 temas que apontaram inovações necessárias durante a pandemia permanecerão por muito tempo. Tornaram-se mais do que tendências, pois foram e estão sendo práticas que já podem ser evidenciadas em empresas que atuam no mercado.
O novo normal já é a realidade que vivemos. Não tão novo. E cada vez mais normal. É preciso considerar o novo contexto e buscar nos adaptar ou até mesmo nos transformar. A nós mesmos e aos nossos negócios.
Isto porque o mundo não voltará atras e precisamos avançar nesses tempos incertos de grandes desafios. O ponto central somos nós, a humanidade e os novos imperativos para nossa sobrevivência com saúde e garantia de continuidade da vida num mundo presencial e digital.
Os temas centrais de destaque são o novo varejo, a união dos mundos on e offline, a consolidação do vídeo como mídia, os novos pilares do marketing, os princípios ESG (Environmental, Social and Governance), o capitalismo das partes interessadas, o futuro do trabalho e a segurança da informação.
São eles:
1º Novo Varejo
O varejo físico se tornará o sistema de suporte para o e-commerce. Integração do comércio presencial com o online com o objetivo de atender a conveniência do cliente. Exemplo são os mercados de bairro que passaram a vender por WhatsApp e Website com opção de entrega em casa.
2º União dos mundos
Negócios online buscam criar experiência física, ao mesmo tempo em que atividade presencial que oferece experiências palpáveis se transforma num negócio online. Players que atuavam exclusivamente online agora estão buscando espaços físicos para preencher lacunas de experiência. Em 2020, a marca de cosméticos Avon, mais conhecida por sua estratégia de venda de produtos por meio de representantes independentes em comunidades ao redor do mundo, abriu um “playground de beleza” de dois andares em Los Angeles chamado de Studio 1886, em homenagem ao ano de fundação da empresa. O objetivo é que eles a desejam como um espaço comunitário para seus representantes e clientes. Outros exemplos incluem marcas online que abrem pequenas lojas, às vezes sem funcionários, em shoppings centers. A ideia é mostrar produtos – ocasionalmente em vitrines ou displays – que os consumidores comprariam online.
3º Consolidação do Vídeo
Ao mesmo tempo, os varejistas tradicionais estão buscando alavancar a internet para estender a experiência na loja. Uma das formas de se fazer isso é por meio do live streaming, uma transmissão ao vivo feita em vídeo em que os compradores podem receber atenção individual dos profissionais do varejo. Em 2019, a Amazon lançou o Explore para apoiar pequenos varejistas e outras empresas interessadas em oferecer aos clientes experiências transmitidas ao vivo. Pode ser um personal shopper, um guia turístico ou um especialista em alguma habilidade específica.
4º Novos Pilares do Marketing
Os novos pilares dessa realidade pós pandemia as pessoas, são os novos 4 Ps: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Princípios de governança. A longevidade virá para as empresas que desenvolverem em seus negócios essas quatro modalidades. A explicação está no fato de que as inovações voltadas para as pessoas melhoram o atendimento de necessidades e trazem conveniência aos consumidores. De outro lado, com mais compradores tornando a sustentabilidade um fator em suas decisões de compra, as marcas que oferecem inovações voltadas para o Planeta são beneficiadas com credibilidade. E, é claro, eles têm que ter utilidade e gerar valor para a empresa e para o mercado. Um modelo que defende a geração de valor a todas as partes interessadas no negócio atende aos princípios de governança.
5º Princípios ESG (Environmental, Social and Governance)
Significa dados ambientais, sociais e de governança corporativa que se referem a métricas relacionadas a ativos intangíveis dentro da empresa, uma forma de pontuação de crédito social corporativa. Percebe-se que os ativos intangíveis representam uma porcentagem crescente do valor futuro da empresa. Na nova postura, as companhias deverão inserir as principais métricas ESG em seus relatórios aos investidores e outras partes interessadas como índices de sustentabilidade, por exemplo. Parte do compromisso também prevê que empresas incentivem publicamente a agenda para o mercado e para seus parceiros e promovam a adoção dos padrões, estruturas e princípios ESG já existentes em relatórios não financeiros em todo o mundo.
6º Capitalismo das Partes Interessadas
A trajetória de sucesso do modelo que coloca o impacto gerado pelas empresas à frente do lucro é uma forma de demonstrar que os investimentos sustentáveis são fundamentais para os resultados daqui para frente. 21 métricas do chamado capitalismo de stakeholder (capitalismo das partes interessadas) foram delineadas pelo Fórum Econômico Mundial e também pelo Conselho Internacional de Negócios (IBC) em setembro de 2020 e são centradas em quatro pilares principais: pessoas, planeta, prosperidade e princípios de governança. Algumas métricas de divulgação incluem emissão de gases, igualdade salarial e diversidade nos conselhos, por exemplo. Ao adotar e relatar essas métricas, a comunidade empresarial irá encorajar a padronização das divulgações que consideram a sustentabilidade, governança e social na mensuração do desempenho. Os compromissos públicos das empresas de relatar não apenas questões financeiras, mas também seus impactos sociais, ambientais e de governança são um passo importante em direção a uma economia global que trabalha para o progresso, as pessoas e o planeta.
7º Futuro do Trabalho
Metade de todos os trabalhadores do mundo vão precisar de requalificação até 2025, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, e 43% dos líderes entrevistados espera reduzir sua força de trabalho nos próximos anos, mais do que os 34% que pretendem expandi-la. Em relatório sobre o Brasil no ano passado, o FMI também apontou que a recuperação dos empregos será o maior desafio brasileiro na retomada. O tema é urgente, e a janela de oportunidades para treinar a força de trabalho pode estar ficando cada vez mais estreita. O empreendedorismo e a inovação serão a saída.
8º Segurança da Informação
Inevitável para as empresas será criar programas internos de conscientização sobre segurança da informação. Isso significa adotar várias medidas, como quais são os riscos cibernéticos a que o negócio está sujeito e criar um programa personalizado para cada área, trazendo uma abordagem diferente do time de TI para a equipe de marketing, por exemplo.