Classes C+ e C-: diferenças cruciais

Artigo do Meio e Mensagem traz perspectiva diferenciada sobre perfil da Classe C no Brasil. Tema é: Classes C+ e C-: diferenças cruciais.

Luciana Aguiar, sócia-diretora da Plano CDE, consultoria especializada na base da pirâmide socioeconômica divulgou com exclusividade para Meio & Mensagem dados de uma pesquisa feita ano passado que confronta os resultados de duas subclasses dentro da C:

– a C+ (que corresponde a 24,8 milhões de pessoas, com renda familiar entre R$ 2.001 e R$ 3.181);

– a C- (outras 37,7 milhões, com renda entre R$ 1.273 a R$ 2 mil).

Foi perguntado a 1006 paulistanos e 609 recifenses o que eles fazem quando compram um produto caro. Os respondentes da classe C- deram respostas praticamente idênticas às verificadas na camada DE: 81% não mostram o item para ninguém, 10% mostram aos vizinhos e amigos sem contar como conseguiram pagar por ele, e 9% mostram o produto e contam como o adquiriram. Já a classe C+ não apenas se aproxima da camada AB — em que, em média, 14,5% das pessoas mostram o item caro sem explicar como o comprou — como a supera. Quase um quarto (23%) dos C+ exibem sua aquisição preciosa sem revelar as dificuldades (ou as prestações) necessárias para ter acesso a ela.

Isto demonstra que a classe C não compra só para ostentar, C- não tem esse perfil por exemplo. A C+ demonstra que quer mostrar suas conquistas porque foi muito difícil chegar até elas, e não mostra como as conseguiu para se mostrar emancipada, porque se identifica como classe média. Para classe C-, faltam produtos e serviços que lhe possibilitem ampliar o acesso ao que ela deseja, só que ainda não pode ter como a C+.

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